Como pescador...
Me levanto de madrugada.
Minha cana é minha pena
E o mar uma folha em branco.
Passam fundo e longe os cardumes.
Mas paciente, eu espero.
Tantas voltas e revoltas hão-de dar
Que basta um lanço,
Na hora exacta
E a pesca, sempre fresca,
Ainda a vibrar,
Fica presa.
Só me resta
Fazê-la chegar a horas,
À mesa dos meus amigos...
Cheirando à brisa deste mar.
Ouvindo Hélène Grimaud, tocando Bach
Berlim, 15 de Novembro de 2013
7h53m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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