O cofre forte das ausências...
Guardo na minha cave,
Num sítio que só eu sei,
Muito bem escondido,
Um baú
A que chamei
“o meu cofre forte
Das ausências...
- São minhas lembranças doces do passado...
Está a abarrotar.
Quando a vida se me amarga,
Abro-o, com todo cuidado,
E dele tiro, na hora,
Aquela de que mais preciso.
Hoje, roidinho de saudade
Fui buscar a do meu primeiro amor.
Tinha uns doze anos.
Estava eu numa encruzilhada:
Ou seguia o caminho
De ser padre...
Ou vivia o sonho
Do primeiro amor...
Tinha o nome duma flor...
E era mesmo.
Muito linda.
Muito meiga.
Um botão de rosa a abrir.
Foi dela, futura mulher,
Que recebi meu primeiro beijo...
Nunca mais o esqueço!
Berlim, 26 de Novembro de 2013
17h27m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário