Atirei-me a um poço...
Não foi de cabeça.
Não sou louco.
De pés para baixo.
Abri os braços,
Pronto a nadar,
Se encontrasse a água.
Vi-me a voar
No infinito,
Incessantemente.
Como um condor.
Correndo o mundo,
Ao sabor do vento,
Perdido do tempo,
Ora sonhando,
Ora sorrindo,
Também chorando...
Subo e desço.
Para lá das nuvens.
Fito o sol.
Me abraço à lua.
Sou ave canora.
Canto de tudo.
Grave ou tenor,
Conforme a hora.
Não tenho mestre.
Há uma fonte sem fim
Que não nasce em mim,
Um poço profundo.
Só me alimenta,
Nunca me afoga.
Teve um começo
E não tem fundo...
Berlim, 21 de Novembro de 2013
11h35m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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