Minha lira...
Alguém se esqueceu
Duma lira dourada,
Que não sei tocar,
Nas minhas mãos.
Mas, por magia,
Ou graça d’Alguém,
Eu a abraço a mim,
Só lhe empresto os dedos
E ela põe-se a vibrar as cordas
Com tão lindos tons,
Como sereias,
Que entoam hinos,
Fingem serpentes
Que encantam presas,
Sem as devorar.
Tecem lendas, lindas,
Quais teias de linho,
Cintilando ao sol,
Inundam quadros,
Com o fulgor das serras,
Refulgem ao sol,
Espelhando o céu.
Fico a ouvi-la,
Tão atento,
Dias a fio,
Com tanto encanto,
Me encanta tanto
Que eu não resisto
A pô-la a vibrar,
Ao pé da porta
Dos meus amigos...
Oxalá vibrem também.
No Ibis de Liège, 11 de Novembro de 2013
Joaquim Luís Mendes Gomes
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