Varanda da poesia...
É na minha varanda
Que dá para a estrada,
Bordejada de tílias frondosas,
De verdura em chama,
Na Primavera,
E majestosas floreiras,
No cair de Outono,
Que eu olho o céu.
Observo os prédios
E sigo o cortejo de aviões,
Lá nas alturas,
Cruzando as nuvens.
Cada hora de vida, ali,
É uma sessão de beleza
Que a natureza me oferece.
Minha alma voa,
Por todo o mundo,
Ave canora,
Raio de luz,
Larga janela,
Por onde entra o sol...
Lago de sonhos,
Onde se banha a luz.
A ela eu vou,
Depois do jantar.
Cachimbo aceso,
Volutas de fumo,
Um cálice de uísque,
Néctar divino,
A acompanhar.
Só sinto a falta
Dos meus vizinhos,
Cavalos de raça,
Que deixei em Mafra,
Perto do mar.
Berlim, 15 de Novembro de 2013
29h27m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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