É agora!...
É preciso urgentemente,
Acabar com esta onda de pobreza
Que avassala
O meu País...
Não foi para isto
Que ele se construiu,
Há tantos séculos...
Pedacinho de terra fértil
E linda,
À beira-mar...
Há muito sangue,
Suor e lágrimas...
Derramados no seu chão
De húmus tão terno.
Chega e sobra
Para os dez milhões de irmãos
Que nele nasceram...
Tem de tudo.
Água e sol,
Com fartura...
Tem encostas doces,
Que se cobrem de vinho e mel.
Tem vales suaves
Onde o gado,
Bravio e manso,
Pode pastar,
Em liberdade.
Tem oliveiras tão humildes
Nas suas cores
Mas que enchem de oiro,
Os galheteiros...
Parece de mel.
Tem floresta, apesar de arder,
Por mãos perversas,
A soldo d’alguém...
Que não merecia viver.
E tem um mar
Tão largo e fundo...
Povoado de tanto sal,
E pescado fresco...
Não precisa de amanho...
É só pegar!...
Então, porque se vê tanta miséria,
Exposta e, pior
Aquela oculta...
Sempre a crescer?...
Não pode ser!...
Basta!...Vamos dar cabo dela
E de quem a causa!...
Só por maldade...e egoísmo atroz!...
Agora mesmo...no nascer do ano.
Ouvindo Wagner
31 de Dezembro de 2013
8h23m
Joaquim Luís Mendes Gomes