Nem corvos...nem aviões...
Se vou para a minha varanda fumar o meu cachimbo
E beber umtrago de uísque
E não encontro os meus vizinhos,
Fico triste e pesaroso...
Só volto a arrebitar,
Quando alcanço os dois casais de corvos,
Cada um sobre sua morada,
No alto do prédio,
E muitos traços de aviões,
Cruzando o céu...
Fazem parte da minha vida.
São meu horizonte,
Sobre o mundo distante,
Que eu deixei à beira-mar.
São eles que me trazem as novas...
No seu vai-vém diário.
Abençoado sol brilhante
Que, de vez em quando raia,
Desfazendo a cortina espessa
De cinza
Que, nesta quadra,
Cobre Berlim...
Hoje é um desses dias...
Por isso eu rejubilo...
Tive novas boas
Das ridentes cercanias
De Mafra e de Lisboa...
Ouvindo Grieg
Berlim, 30 de Dezembro de 2013
15h45m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário