Ao ritmo das marés...
Deito-me e levanto-me,
Cada dia ao ritmo das marés,
Cheias e baixas,
Das vagas e das ondinhas mansas
No mar da vida.
Lavo meus olhos com a água da chuva
Que cai do céu.
Me banho e mergulho,
De corpo e alma,
Sem saber nadar.
Mas trago preso a mim,
Uma corda forte
Que me segura
E não me deixa soçobrar.
Trepo escarpas,
Mesmo que minhas mãos sangrem,
E se consigo chegar ao topo,
Fico a abranger um mundo
Cheio de cores.
Mesmo com nuvens.
Em constante movimento.
Se dissipam incessantemente,
Sem que os olhos entrevejam,
Nítido,
Sua marcha calma e transparente,
Mas, ao mesmo tempo,
Protectora.
Desço aos vales,
De calma verde,
Onde viceja a esperança,
Na renovação de cada dia.
Quero ouvir a voz das crenças
Fortes,
Com raízes fundas,
Que só bebem água pura,
Das fontes limpas
Que nos dá a natureza.
Quero louvar a vida
Com meu bater do coração.
Berlim, 10 de Dezembro de 2013
8h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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