Lampiões do amanhecer...
Cansados, amarelados,
Das longas horas
Das madrugadas,
Brilham palidamente,
Em crescendo lento,
Com as luzes dum céu escuro
A clarear.
No painel sombrio dos prédios
Adormecido,
Saltitam vidraças
Com luzes
Que se acendem,
Aqui e ali...descontroladas.
Na estrada, vêm faróis agudos,
Cortando a negritude,
Rumo ao seu labor diário.
E os muitos ramos altos,
Das copas
Desgrenhadas,
Se espreguiçam
Ao ritmo da brisa,
Branda e fria
Que não cessa.
É a hora nascente
De mais uma semana,
De vida plena
Que se abre,
Em cavalgada,
Carregada de promessas,
Sonhadas e não cumpridas.
Ouvindo Wagner, com restos de neve, apenas no chão...
Berlim, 9 de Dezembro de 2013
7h16m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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