Lago azul e verde...
Tenho ao meu alcance
Um lago sereno.
Quando me sinto mais triste,
Salto a varanda,
Tomo o caiaque
E lanço-me nele.
Vou adiante,
Bailando ao vento,
Como um cisne cansado
Que só descansa bailando.
Dou voltas arcos,
Entoo meus versos,
Recebo aplausos
Que me calam cá dentro.
De todos os lados,
D’auém e além-mar...
Soam sonoros,
Tão acalorados.
Fazem vibrar
Minhas cordas sedentas.
Contemplo o céu.
Oiço os pássaros,
Voando ao sol.
Me apetece voar
Mesmo sem asas...
Recebo prendinhas
Bem embrulhadas,
Trazem carinho
Que fermenta em mim...
Me regalo de noite,
Se me vem a insónia...
Sem pesadelos.
Tudo de graça...
Só lhes conheço seu nome.
Isso me basta.
Suas ondas bem finas
Entoam canções
Como baladas de sonho.
Fico dormindo,
Com anjos do céu...
Ouvindo uma vez mais Wagner...
Berlim, aos 6 de Dezembro...continua a nevar...
Joaquim Luís Mendes Gomes
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