sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

lago verde e azul...


Lago azul e verde...

 

Tenho ao meu alcance

Um lago sereno.

Quando me sinto mais triste,

Salto a varanda,

Tomo o caiaque

E lanço-me nele.

 

Vou adiante,

Bailando ao vento,

Como um cisne cansado

Que só descansa bailando.

Dou voltas arcos,

Entoo meus versos,

Recebo aplausos

Que me calam cá dentro.

 

De todos os lados,

D’auém e além-mar...

Soam sonoros,

Tão acalorados.

Fazem vibrar

Minhas cordas sedentas.

 

Contemplo o céu.

Oiço os pássaros,

Voando ao sol.

Me apetece voar

Mesmo sem asas...

 

Recebo prendinhas

Bem embrulhadas,

Trazem carinho

Que fermenta em mim...

Me regalo de noite,

Se me vem a insónia...

Sem pesadelos.

 

Tudo de graça...

Só lhes conheço seu nome.

Isso me basta.

Suas ondas bem finas

Entoam canções

Como baladas de sonho.

Fico dormindo,

Com anjos do céu...

 

Ouvindo uma vez mais Wagner...

 

Berlim, aos 6 de Dezembro...continua a nevar...

Joaquim Luís Mendes Gomes

 

 

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