Os meus poemas...
São apenas traços de tinta preta
Que eu risco com minha alma.
Chego-lhes meu fogo.
Ficam a arder,
Como um incendiário feliz,
Num deserto de árvores.
Apenas quero acender o lume,
E fazer fogueiras,
Nas almas perdidas,
Que se sentem geladas.
Minha combustão carrega mensagens
Como sementes em searas lavradas,
Que esperam o sol da primavera,
Para florirem jardins de cor.
Poisem os pássaros e saciem delas,
Se os passeantes as rejeitarem.
Brilhem perenes, incandescentes,
Ardam eternas, até mais não.
Ao menos luz eu quero dar.
A quem se vê na escuridão.
Apontam caminhos aos peregrinos
Que me acompanhem no meu cortejo.
A felicidade é o santuário de paz,
Onde cada um lá quer chegar.
Pode custar, mas é por aqui que eu vou.
Não descansarei nunca,
Para o alcançar.
Só depois me deitarei,
Quando mos meus poemas
Florirem de vez...
Em perene primavera.
Berlim, 4 de Dezembro de 2013
13h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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