sexta-feira, 3 de maio de 2013


 

Espaços vazios…

 

A solidão é um mar de espaços vazios

Que importa encher.

Fluam rios de amor.

Chovam cascatas de água.

Que matem a sede

E saciem a alma.

Clarões de ternura

Raiem no céu.

 

Brilhem os olhos

Que estiveram a chorar.

Amassem de pão

A fome faminta.

Desamarrrem algemas

Que amarram os vivos.

Esqueçam as queixas

De quem não quer trabalhar.

 

Escolham  sementes

Que abundem de fruto.

Floresçam os desertos

Secos de areia.

Espalhem sorrisos

Que fermentem de fé.

Cubram telhados,

Do inverno que cai.

Saiam à rua a gritar por justiça.

Não esperam que os outros

Façam por ti.

Aquece de cor os rostos

Trementes de frio.

 

Banhem de fé

Quem só espera morrer.  

 

Ouvindo Grieg

 

Ovar, 3 de Maio de 2013

11h12m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

Sem comentários: