Espaços vazios…
A solidão é um mar de espaços vazios
Que importa encher.
Fluam rios de amor.
Chovam cascatas de água.
Que matem a sede
E saciem a alma.
Clarões de ternura
Raiem no céu.
Brilhem os olhos
Que estiveram a chorar.
Amassem de pão
A fome faminta.
Desamarrrem algemas
Que amarram os vivos.
Esqueçam as queixas
De quem não quer trabalhar.
Escolham sementes
Que abundem de fruto.
Floresçam os desertos
Secos de areia.
Espalhem sorrisos
Que fermentem de fé.
Cubram telhados,
Do inverno que cai.
Saiam à rua a gritar por justiça.
Não esperam que os outros
Façam por ti.
Aquece de cor os rostos
Trementes de frio.
Banhem de fé
Quem só espera morrer.
Ouvindo Grieg
Ovar, 3 de Maio de 2013
11h12m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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