quarta-feira, 29 de maio de 2013


Mar morto...

 

Está tão calmo o mar

Que tenho ao pé.

Não há ondas,

Não há vento.

Não tem algas.

Tudo nele dorme

Em sono profundo.

Era tão viçoso e rico!...

 

Até as pedras

Que lhe venho lançando.

Caem secas,

Ficam à tona e ao sol,

Como um deserto.

 

Pior que um charco, à sombra,

Onde há rãs...e folhas mortas

E se adorna de flora verde.

 

Parece um jazigo

De almas penadas,

Que o céu não quis acolher.

 

Não me canso de lançar pedras...

Pode ser que a chuva venha em temporal

E a vida volte a renascer...
E as minhas pedras
Se tornem conchas.

 

Ovar, 29 de Maio de 2013

22h20m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

 

 

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