Tempestade vital…
Diz-se que o mundo terá nascido
Duma grande convulsão.
Dum big bang.
Duma medonha tempestade
Que atirou para o indefinido,
Pedaços e pedaços de matéria.
Incandescente.
Que ficaram a gravitar
Em velocidade louca, sobre si,
Como que a recuperar o ponto de partida.
Talvez, por esse estigma original,
Tudo na vida,
Vem duma explosão vital.
Cada fenómeno,
Complexo ou simples,
Assenta num choque violento,
Num confronto com a inércia,
Num duelo de contrários,
Que tendem a coexistir,
Num ponto e base de entendimento.
Tudo, em nós,
É vibração e queda livre.
Oxalá para o infinito.
Ovar, 25 de Maio de 2013
7h4m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
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