domingo, 12 de maio de 2013


Moinho de vento

 

Quero ser um moinho de vento.

Ter asas e não voar.

Viver no alto dos montes

Donde eu veja todos

E todos me vejam.

 

Dançar parado.

Minha força perene

Seria só o vento.

Só as estelas do céu

Seriam meu par.

 

Janelas abertas,

Ferrado ao chão.

A ventania a força motriz.

 

Ser o abrigo certo

Com mesa posta,

Pronta a servir.

Das almas penadas

Que queiram vir.

 

A liberdade total

É o prato do dia,

Pronto a servir.

Não queria dinheiro.

Só a promessa livre

De querer voltar.

 

Porque a solidão

É o maior castigo

De quem quer ser livre,

Sem nada dever.

 

Ovar, 12 de Maio de 2013

14h37m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

 

 

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