Moinho de vento
Quero ser um moinho de vento.
Ter asas e não voar.
Viver no alto dos montes
Donde eu veja todos
E todos me vejam.
Dançar parado.
Minha força perene
Seria só o vento.
Só as estelas do céu
Seriam meu par.
Janelas abertas,
Ferrado ao chão.
A ventania a força motriz.
Ser o abrigo certo
Com mesa posta,
Pronta a servir.
Das almas penadas
Que queiram vir.
A liberdade total
É o prato do dia,
Pronto a servir.
Não queria dinheiro.
Só a promessa livre
De querer voltar.
Porque a solidão
É o maior castigo
De quem quer ser livre,
Sem nada dever.
Ovar, 12 de Maio de 2013
14h37m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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