Sem perdão…
Enquanto palmilhava as bolanhas da morte,
Nas terras longínquas da nossa guiné,
Cumprindo um dever sagrado e cívico,
Em nome da pátria que nos viu nascer,
Com sentido de honra,
Arriscando a vida,
Nunca esperei que dos filhos
Que haveriam de nascer de nós,
Viriam ao mundo,
Estes algozes tiranos,
Que nos apunhalam nas costas,
No final da vida!...
Todo o suor e lágrimas
Por nós vertidos,
É enterrado, na sarjeta infame
Que, a sangue frio,
Suas mãos cavaram…
Chovam pedras de fogo…
Caiam cometas…
Que os despedacem.
Sem misericórdias…
Que a maldição feroz os desfaça em pó.
São o escárnio e a vergonha extrema
Duma nação honesta.
Escrevem com sangue e fome
As páginas mais negras da nossa história…
Ovar, 15 de maio de 2013
22h18m
Joaquim luís monteiro mendes gomes
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