Pesadelo infame…
Onde está a solidariedade universal
Que deve brotar da harmonia
Que deus criou
E o bicho-homem
Ensandeceu…
Chovam raios incandescentes
Que apaguem este pagode
De miséria
Que se abateu em Portugal…
Um terramoto, um tsunami,
Que arrase
Este mar de miséria
Miserável
E que volte a florir
Com pão maduro
As nossas mesas
Cheias de fome,
Da maioria que nada fez
Para que acontecesse.
Chovam pedras nos telhados
Dos covis que albergam lobos…
Revestidos de angelicais.
Venham indios,
Que disparem frechas
Em brasa a arder
Que queimem de vez
Tamanha estupidez…
Rebrilhem de novo
Esses cérebros de cinza
Que deveriam arder
Em proveito de todos.
Renasçam os escravos
Que a escravatura pariu
Como húmus de verde
Que germinou searas…
E catedrais de amor.
Se acabe enfim
Este pesadelo infame
Que não tem fim…
Ovar, 3 de Maio de 2013
13h28m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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