sexta-feira, 3 de maio de 2013


Pesadelo infame…

 

Onde está a solidariedade universal

Que deve brotar da harmonia

Que deus criou

E o bicho-homem

Ensandeceu…

 

Chovam raios incandescentes

Que apaguem este pagode

De miséria

Que se abateu em Portugal…

 

Um terramoto, um tsunami,

Que arrase

Este mar de miséria

Miserável

E que volte a florir

Com pão maduro

As nossas mesas

Cheias de fome,

Da maioria que nada fez

Para que acontecesse.

 

Chovam pedras nos telhados

Dos covis que albergam lobos…

Revestidos de angelicais.

Venham indios,

Que disparem frechas

Em brasa a arder

Que queimem de vez

Tamanha estupidez…

 

Rebrilhem de novo

Esses cérebros de cinza

Que deveriam  arder

Em proveito de todos.

 

Renasçam os escravos

Que a escravatura pariu

Como húmus de verde

Que germinou searas…

E catedrais de amor.

 

Se acabe enfim

Este pesadelo infame

Que não tem fim…

 

Ovar, 3 de Maio de 2013

13h28m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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