Nem com um cento de contos...
Empenhei as minhas barbas brancas
Pelos netos que Deus me deu.
Por ora, são só quatro.
Cada qual é o mais lindo.
Quatro prendas de Natal.
Em troca dum sapatinho.
Com a bênção do Senhor!...
Primeiro, foi o João.
Que belo moço!...
Uma obra prima.
Tão perfeito,
De corpo e alma.
Tem tudo em grande
Para ser um grande homem.
Se o mundo
Não o estragar.
Tem mãos de artista.
Asas de sonho.
Tem vaidade de sobra,
Não sabe perder.
Depois o David.
Muito diferente.
Uma habilidade de mãos.
Imaginação fulgurante.
Perspicácia feroz.
Naquilo que gosta.
Cria oligamis
Como quem tece painéis.
Um arquitecto sem par.
A seguir, uma fada de sonho.
A Sarita Joana.
Desenhada a pincel
Pelo melhor artista
Que havia nos céus.
Rainha será,
Com o mundo aos pés.
Depois o Tomás,
Foi prenda do grande mestre.
Que obra –fina, tão perfeita.
Deixou tanta saudade...
Ao fim de dois anos,
Foi Deus que o quis
No céu...
Ovar, 29 de Maio de 2013
21h39m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
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