quarta-feira, 29 de maio de 2013


Nem com um cento de contos...

 

Empenhei as minhas barbas brancas

Pelos netos que Deus me deu.

Por ora, são só quatro.

Cada qual é o mais lindo.

 

Quatro prendas de Natal.

Em troca dum sapatinho.

Com a bênção do Senhor!...

 

Primeiro, foi o João.

Que belo moço!...

Uma obra prima.

 

Tão perfeito,

De corpo e alma.

Tem tudo em grande

Para ser um grande homem.

Se o mundo

Não o estragar.

Tem mãos de artista.

Asas de sonho.

Tem vaidade de sobra,

Não sabe perder.

 

Depois o David.

Muito diferente.

Uma habilidade de mãos.

Imaginação fulgurante.

Perspicácia feroz.

Naquilo que gosta.

Cria oligamis

Como quem tece painéis.

Um arquitecto sem par.

 

A seguir, uma fada de sonho.

A Sarita Joana.

Desenhada a pincel

Pelo melhor artista

Que havia nos céus.

Rainha será,

Com o mundo aos pés.

 

Depois o Tomás,

Foi prenda do grande mestre.

Que obra –fina, tão perfeita.

Deixou tanta saudade...

Ao fim de dois anos,

Foi Deus que o quis

No céu...

 

 

Ovar, 29 de Maio de 2013

21h39m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

 

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