sábado, 4 de maio de 2013


Toadas do vento

 

Semeei ao vento

Punhados de sorte

E pus-me a rezar.

 

Qual nuvem cinzenta,

A sorte se desfez

E o céu profundo

Se abriu de luz.

 

Vi o sol a brilhar.

O céu azul ficou tão alto

Como um mar sem fim.

 

Naveguei sem velas.

Perdi-me…

Foi uma estrela

Que me deu a mão

E me fez voltar.

 

Encontrei este chão

Coberto de esperança.

 

A terra florira.

Com pão e flores.

 

Armei um ramo lindo

E pedi ao vento o favor

De o entregar à estrela

Que me deu a sorte

De voltar a rezar com esperança

De não me voltar a perder.

 

Ovar, 4 de Maio de 2013

21h54m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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