Os monges noviços de
são bento da porta aberta…
Ouvia estrondos
E via rombos…
De estarrecer.
Da minha janela.
Peguei no meu colete,
À prova de tudo.
Numa tranca de ferro,
Desci a escada
E fui à procura,
Pronto para tudo.
Eram só palhaços
Por trás da esquina,
Tocando flautas
E batendo tambores.
Fez-se um cortejo.
Pacífico.
,
A caminho da assembleia macabra,
Que fica lá em cima
A dita herdeira
Da nacional.
Era a hora da entrada geral.
Aí vinham silenciosos.
Circunspectos.
Em brutos carros.
Luzindo ao sol.
O jornal “a bola”,
O jornal “o crime”,
Debaixo do braço,
Em tom vermelho,
Da pasta preta.
Um terno escuro,
Óculos de sol,
Na cabeça, ao alto.
Muito elegantes e
Muito dândis,
Engravatados
De cor berrante.
Uns senhores…doutores
Que ninguém escolheu…
Estavam na bicha,
Por serviços distintos,
A colar cartazes,
Por toda a parte,
A distribuir panfletos,
Com promessas falsas
E fazerem claque,
No circo político,
Com toda a mestria,
Por conta dos mestres …
Que ali são monges.
Ovar, 10 de Maio de 2013
20h48m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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