sábado, 11 de maio de 2013


Os monges noviços de

são bento da porta aberta…

 

Ouvia estrondos

E via rombos…

De estarrecer.

Da minha janela.

 

Peguei no meu colete,

À  prova de tudo.

Numa tranca de ferro,

Desci a escada

 E fui à procura,

Pronto para tudo.

 

Eram só palhaços

Por trás da esquina,

Tocando flautas

E batendo tambores.

 

Fez-se um cortejo.

Pacífico.

,

A caminho da assembleia macabra,

Que fica lá em cima

A dita herdeira

Da nacional.

 

Era a hora da entrada geral.

 

Aí vinham silenciosos.

Circunspectos.

Em brutos carros.

Luzindo ao sol.

 

O jornal “a bola”,

O jornal “o crime”,

Debaixo do braço,

Em tom vermelho,

Da pasta preta.

 

Um terno escuro,

Óculos de sol,

Na cabeça, ao alto.

Muito elegantes e

 

Muito dândis,

Engravatados

De cor berrante.

 

Uns senhores…doutores

Que ninguém escolheu…

 

Estavam na bicha,

Por serviços distintos,

A colar cartazes,

Por toda a parte,

A distribuir panfletos,

Com promessas falsas

E fazerem claque,

No circo político,

Com toda a mestria,

Por conta dos mestres …

Que ali são monges.

 

 

Ovar, 10 de Maio de 2013

20h48m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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