Saca-rolhas…
É a alavanca mais estúpida
Que o génio dos homens,
Um dia inventou…
Se fosse só para as garrafas,
Seria bem…
Só que outros fins
Se servem dele…
Nas relações humanas.
Para sacar sorrisos…
Deveriam saltar…
Sem qualquer rodeios…
Entre os casais,
Empedernidos.
Com carapaças duras,
Feitas de pedra.
Entre amigos da onça
Que batem à porta,
Pedindo abrigo
Logo se esquecem…
Depois de atendidos.
Entre os vizinhos
Com a casa a arder.
Viram as costas
Quando se vêm no céu…
Dos doentes aflitos
Erguem as mãos,
A todos os santos,
Viram diabos
Quando a saúde vem.
Só as crianças sorriem de graça,
Sem saca-rolhas,
Com toda a graça
Que lhes vem de Deus…
Ouvindo “ mio bambino caro…
Ovar, 8 de Maio de 2013
13h59m
Joaquim Luís M. Mendes Gomes
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