sexta-feira, 17 de maio de 2013


Meu barco escondido…

 

Barquinho poeta eu sou.

Sem velas nem remos.

 Navego à deriva do vento.

Por onde ele quiser.

Não levo amarrras. 

Só trago saudades do tempo

que o vento levou.

Não pesco.

Só danço e brinco.

Nas ondinhas da água

como folha caída.

 Carrego em mim

 lembranças presentes

que não quero perder.

Faço que corro,

seara sem fim.

Contando as estrelas

que sorriem para mim.

Tecendo as mortalhas

que me hão-de cobrir,

quando velhimho,

à praia voltar.

 

Ovar, 17 de maio de 2013

15h0m

Joaquim luís monteiro mendes gomes

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