Meu barco escondido…
Barquinho poeta eu sou.
Sem velas nem remos.
Navego à deriva do
vento.
Por onde ele quiser.
Não levo amarrras.
Só trago saudades do tempo
que o vento levou.
Não pesco.
Só danço e brinco.
Nas ondinhas da água
como folha caída.
Carrego em mim
lembranças presentes
que não quero perder.
Faço que corro,
seara sem fim.
Contando as estrelas
que sorriem para mim.
Tecendo as mortalhas
que me hão-de cobrir,
quando velhimho,
à praia voltar.
Ovar, 17 de maio de 2013
15h0m
Joaquim luís monteiro mendes gomes
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