Minhas palavras
Por vezes,
Minhas palavras
São borboletas
Que buscam flores,
De todas as cores,
Onde quer que floresçam.
Outras,
São pedras agudas,
Que eu desfiro, irado,
Contra a injustiça,
A única arma-arremesso
Que tenho à mão.
Outras,
Incenso e louvor
Subindo aos céus,
Clamando pela bênção
De Deus.
Outras
Lamentos de dor,
Pelos inocentes
Que morrem
Sofrem,
De fome e de sede,
E a violência da guerra
Que lhes rouba a paz.
Oxalá fossem também,
Mãos,
Ternas, doridas
Que abraçam,
Espalham calor
E procuram prender.
Ovar, 21 de Maio de 2013
7h33m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário