segunda-feira, 20 de maio de 2013


 

Minhas palavras

 

Por vezes,

Minhas palavras

São borboletas

Que buscam flores,

De todas as cores,

Onde quer que floresçam.

 

Outras,

São pedras agudas,

Que eu desfiro, irado,

Contra a injustiça,

A única arma-arremesso

Que tenho à mão.

 

Outras,

Incenso e louvor

Subindo aos céus,

Clamando pela bênção

De Deus.

 

Outras

Lamentos de dor,

Pelos inocentes

Que morrem

Sofrem,

De fome e de sede,

E a violência da guerra

Que lhes rouba a paz.

 

Oxalá fossem também,  

Mãos,

Ternas, doridas

Que abraçam,

Espalham calor

E procuram prender.

 

Ovar, 21 de Maio de 2013

7h33m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

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